Oi!
Temos o prazer de compartilhar com você a nossa primeira newsletter do ano! :)
2022 começou. A pandemia deixou expostas as feridas da desigualdade, a qual vemos até mesmo no surgimento de novas variantes: a ômicron surgiu no fim de 2021 em países do sul do continente africano com baixa cobertura de vacinação, enquanto países desenvolvidos guardam estoques inteiros de imunizantes devido à recusa de parcelas da população em se vacinar, muito por conta da disseminação massiva de informações falsas sobre o assunto em redes sociais, inclusive por autoridades de Estado.
Caminhamos para o terceiro ano de uma pandemia, no qual estamos observando um aumento no número de casos, apesar da queda significativa no número de mortes devido à adesão da vacinação em larga escala.
Damos início a um ano eleitoral com expectativas de mudanças no horizonte. Ainda assim, há muito para se atentar: os novos rumos das redes sociais, que têm alterado sua política de combate à informações falsas, especialmente relacionadas à pandemia e à vacinação. Desde as últimas eleições, o Whatsapp teve papel central na propagação de fake news em massa. Além disso, Mark Zuckerberg anunciou, em outubro de 2021, os novos rumos do Facebook: um espaço em realidade virtual onde quase toda interação humana seria possível, chamado de Metaverso.
Para discutir esses temas recomendo o podcast Dadocracia, promovido pela nossa parceira Data Privacy Brasil, que explica assuntos sobre tecnologia e uso de dados de forma simples com debates entre especialistas da área. O sociólogo Sergio Amadeu, da UFABC, também comanda um podcast apoiado por nós: o Tecnopolítica. A expansão da tecnologia como conhecemos hoje afeta o modo de fazer política, assim, a política também deve pensar em formas de questionar e desafiar os rumos da tecnologia. Devemos, como sociedade civil, debater o uso das tecnologias, bem como seus impactos sociais. Questionar, pensar, buscar informação confiável e dialogar.
Comecei minha trajetória na Fundação há alguns meses e tenho a oportunidade de acompanhar os projetos de Justiça Socioambiental e Direitos Humanos de perto, claro, sempre mantendo o distanciamento social... rs. Torcemos para que os próximos meses sejam melhores e possamos vislumbrar a saída deste momento obscuro em que vivemos nos últimos tempos. É uma pena que, assim como eu, os últimos estagiários vivenciaram a maior parte de seus períodos na Böll de forma remota. Mesmo assim, a sensação é de fazer parte de algo muito maior do que eu poderia imaginar.
Nos resta a esperança de novos ares políticos e boas novas no âmbito da saúde pública. Que seja um ano de diálogos, empatia e superação de desafios para que possamos continuar lutando juntes por um mundo mais justo!